Por Sandra Biben*
Sempre fui fascinada pela dinâmica inovadora da indústria alimentícia, um setor que impulsiona diversas transformações relevantes na sociedade. Estamos falando de um segmento que observa e assimila tendências como bem-estar, indulgência, cultura, sustentabilidade entre outros elementos para atender demandas por novos produtos e experiências de consumo.
Na Cargill, sabemos da importância de apoiar o setor, nossos parceiros e clientes, para atender um público cada vez mais exigente e consciente. Baseados no compromisso de fornecer alimentos e soluções agrícolas para nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável, acompanhamos atentos a verdadeira revolução nas mudanças dos hábitos de consumo.
Por ocuparmos uma posição estratégica no centro da cadeia de suprimentos, desempenhamos o papel de conector entre os diferentes atores dessa cadeia produtiva, para produzir e entregar, de forma ágil, soluções vitais em um setor que se reinventa de forma muito dinâmica. É essa postura que nos permite, por exemplo, trazer para o mercado brasileiro uma linha completa de atomatados com 100% de rastreabilidade, inovar lançando o primeiro óleo específico para o preparo de receitas doces e outro com um blend específico para frituras, garantindo melhor experiência de preparo e muito mais sabor.
Entendemos que a inovação é fator-chave para nutrir o mundo, especialmente com o aumento e envelhecimento futuro da população e outros desafios que vão das mudanças climáticas aos novos hábitos de consumo. Pensando nos nossos desafios e nos dos nossos clientes, nos juntamos a Bühler, Givaudan, FoodTech Hub Latam e Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) para criar o Tropical Food Innovation Lab, ecossistema de inovação para o desenvolvimento de alimentos e bebidas do futuro, localizado em Campinas (SP).
Ao lado desses outros grandes players do setor – institutos de pesquisa, universidades, empresas, investidores e startups –, estamos colaborando e co-criando para fomentar ainda mais inovação na indústria de alimentos da América Latina. Isso significa desenvolver comidas e bebidas com foco em tecnologia, sustentabilidade e nutrição acessível e segura. É nesse espaço de excelência que são testados novos alimentos, ingredientes, texturas e sabores para encantar e satisfazer o consumidor e, ao mesmo tempo, utilizando boas práticas que preservam a biodiversidade e a sustentabilidade.
Em nosso Centro de Inovação de Campinas desenvolvemos novos produtos e aplicações inovadoras, e gostaria de destacar que recém inauguramos novos laboratórios de determinação de vida de prateleira de produtos alimentícios, ou shelf life. Utilizando as mais avançadas técnicas e equipamentos, ajudamos nossos clientes a entregar aos consumidores produtos seguros e estáveis.
Esse é um desafio particularmente especial porque precisamos considerar as especificidades do clima tropical, predominante na América Latina e que muda até mesmo de um estado para outro dentro do Brasil. A alta temperatura e a umidade características dessa região nos trazem desafios únicos à estabilidade dos produtos, impactando diretamente a apresentação e a duração deles durante seu armazenamento, transporte, exposição nos pontos de venda, até a sua utilização na casa dos consumidores.
A Academia e a Indústria vêm somando forças em pesquisas que identifiquem ingredientes e tecnologias capazes de garantir a qualidade e a segurança dos alimentos sob condições tropicais, para atender cada vez mais as demandas na região.
Em resumo, isso é o que chamamos de trabalhar coletivamente para inovar com propósito, fornecendo aos clientes o essencial para que as empresas possam crescer, as comunidades prosperem e os consumidores vivam bem. E tudo isso está acontecendo bem aqui, no Brasil, com nosso país ocupando um lugar de protagonismo não só na originação de produtos agrícolas, mas também em pesquisa, tecnologia e – muita – inovação nos alimentos.
*Sandra Biben é líder de Pesquisa & Desenvolvimento da Cargill na América do Sul.
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