O consumo de carne suína continua resistente em todo o mundo, já que a proteína está razoavelmente bem-posicionada junto aos consumidores
A produção brasileira de carne suína se mantém em crescimento, impulsionada pelas exportações. Já a China, os EUA e alguns países europeus provavelmente terão uma produção em queda ou estável este ano, pois seus rebanhos de reprodutoras estavam menores no final de 2023. Isso é o que indica o novo relatório sobre a produção e consumo de carne suína no mundo divulgado pelo Rabobank.
O relatório indica que as pressões inflacionárias que algumas outras proteínas animais estão enfrentando ajudam os consumidores a optarem pela carne suína nas principais regiões do mundo. No entanto, em geral, mesmo considerando que os consumidores estão mais cautelosos em seus gastos, o abrandamento das pressões inflacionárias em 2024, de modo geral, apoiará o consumo global da proteína.
A produtividade continuará a melhorar em 2024, impulsionada por ganhos genéticos, melhor gerenciamento das fazendas e estratégias de redução de custos. O fato ajuda a compensar a menor produção no Brasil de grãos para alimentação animal, por conta do efeito climático El Niño, que deve afetar negativamente os custos de produção.
Enquanto o mercado interno se mantém estável, exportações não param de crescer
As exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram 2023 com desempenho recorde, totalizando 1,229 milhão de toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado supera em 9,8% o volume total embarcado em 2022, com 1,120 milhão de toneladas.
Em receita, as vendas internacionais de carne suína alcançaram US$ 2,818 bilhões no acumulado dos doze meses de 2023, número recorde que supera em 9,5% o saldo alcançado em 2022, com US$ 2,572 bilhões.
“O resultado confirma as projeções estabelecidas pela ABPA para 2023, em um ano marcado pelas oscilações de custos de produção e pela busca de recuperação da rentabilidade na atividade. Frente às aberturas de novos mercados para a carne suína do Brasil e as boas expectativas sobre o comportamento dos tradicionais destinos dos produtos brasileiros, é esperado que os patamares alcançados ao longo do ano passado se mantenham neste ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
As exportações do setor fecharam o último mês do ano com resultado positivo. Ao todo, foram embarcadas 110,9 mil toneladas em dezembro, desempenho 7,9% superior às 102,8 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2022.
O relatório do Rabobank aponta que deve ocorrer pequena redução na produção de carne suína no início do ano, por conta do consumo doméstico mais moderado no mês de janeiro. Já as importações chinesas no período, principal destino da carne suína nacional, sem mantêm firmes e crescentes em volume, mas com valor médio 12% inferior.
A projeção do Rabobank indica que novamente ocorrerá recorde nas exportações brasileiras em 2024, com crescimento de 3% a 5% em volume.
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