O Rabobank AgroInfo Q1 2025 recém divulgado traz análises detalhadas sobre o cenário do agronegócio brasileiro e global.
O relatório Rabobank AgroInfo que acaba de ser divulgado destaca os principais movimentos de commodities como café, proteína animal, fertilizantes, cana-de-açúcar, soja e milho. Adicionalmente, aborda fatores macroeconômicos, climáticos e geopolíticos que moldarão os próximos meses.
Confira os destaques desta edição:
Rabobank AgroInfo Q1 2025: Macroeconomia e clima em foco
No campo macroeconômico, o Rabobank projeta o dólar a R$ 6,09 até o fim de 2025, impulsionado por balança comercial favorável e influxo de investimentos, mas alerta para riscos como incertezas fiscais e desaceleração global.
No clima, após chuvas intensas em janeiro, a redução de precipitações em fevereiro beneficiou grãos como soja e milho, mas gerou preocupações para culturas como café, cana-de-açúcar e laranja.
Café: Volatilidade geopolítica e climática
Tensões no Oriente Médio, clima seco no Brasil e incertezas na oferta global pressionam o mercado. O relatório aponta riscos para a safra 2025/26 de café arábica, com estimativas preliminares indicando redução significativa na produção.
Proteína animal e boi: Exportações em alta, mas oferta desacelera
As exportações de carne bovina bateram recordes no início de 2025, com alta de 14% no faturamento. No entanto, a oferta de gado engordado deve desacelerar, pressionando os preços no segundo trimestre.
Fertilizantes: Custos elevados exigem cautela
A desvalorização do real em 2024 melhorou margens da soja, mas os preços internacionais de fertilizantes seguem em alta, com ureia atingindo patamares 20% superiores à safra anterior.
Cana, açúcar e etanol: Clima e produção indiana afetam preços
Chuvas abaixo da média no centro-sul do Brasil e revisão para baixo da produção na Índia levaram o açúcar em Nova York a 20 US c/lb.
A proposta de aumentar a mistura de etanol na gasolina para 30% pode elevar a demanda em 1,1 bilhão de litros.
Soja: Colheita recorde e geopolítica
Com 170 milhões de toneladas colhidas, a soja brasileira enfrenta pressão de tarifas internacionais e incertezas na demanda chinesa. O prêmio de exportação, porém, segue atrativo devido ao câmbio favorável.
Milho: Consumo interno aquecido
O consumo deve atingir 91 milhões de toneladas na safra 2024/25, impulsionado pela produção de etanol e ração animal.
Atrasos no plantio da safrinha exigem atenção às chuvas de abril.
Algodão: Competitividade cambial impulsiona exportações
A desvalorização do real elevou as exportações em 17% nos primeiros meses de 2025, com destaque para Bangladesh, Turquia e Indonésia.
Suco de laranja: Expectativa de maior oferta
Preços globais recuam com projeções de safra brasileira de 260 a 300 milhões de caixas em 2025/26, enquanto a Florida (EUA) enfrenta queda drástica na produção.
Leite: Queda de preços no horizonte
Aumento da oferta e demanda fraca devem reduzir preços ao produtor a partir do segundo trimestre, apesar do cenário internacional firme para commodities lácteas.
Celulose: Estoques globais limitam altas
Apesar da recuperação recente, estoques elevados e aumento da produção global devem conter avanços nos preços no curto prazo.
Confira os detalhes no relatório:
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