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Os novos produtos porcionados atendem as necessidades de consumo em quantidade e valor mais reduzidos aos consumidores

A quantidade de pessoas no Brasil que moram sozinhas ou com até duas pessoas na residência é significativa: representa 11% da população, segundo apurado pelo IBGE e pela empresa de pesquisas Euromonitor. Em se mantendo a tendência de crescimento desse perfil, este público consolidará um mercado com hábitos de consumo de alimentos bem particulares em termos quantidades e frequência de compras, aumentando a demanda do consumo individual.

Seja por questões de consciência sobre os hábitos de consumo, que não resultem em perdas e desperdícios de alimentos, ou por restrições econômicas, alimentos em porções menores atendem bem as demandas desse perfil de consumidor.

Lançamento da Marfrig para atender a demanda crescente do consumo individual

Atenta à essa tendência, a Marfrig lançou na APAS Show 2023 a linha de carnes com porções individuais com a marca Bassi, de sua categoria de carnes premium: Contrafilé (chorizo steak), Filé de Costela (Ancho steak) e Coração de Alcatra (steak).

Os cortes passam por maturação de 20 dias, ou seja, um processo natural de resfriamento – com temperatura entre 0°C e 4°C – com a quebra das fibras da carne da carne, que resulta em melhor textura, maciez, suculência, sabor e aroma. Os cortes são levados ao processo de congelamento na indústria, a temperatura de menos 40 graus, interrompendo o processo de desenvolvimento da carne.

Luciano Borges, diretor comercial da empresa, entende que esse perfil de consumidor, que mora sozinho, pode não comprar carnes com frequência devido à oferta de pedaços grandes, acaba sobrando na geladeira ou no freezer. Poder oferecer produtos que reduzem o desperdício também compõe com os princípios de sustentabilidade que a empresa defende.

O crescimento projetado nas marcas de produtos com maior valor agregado – Bassi, Montana e Steak House é bem positivo. Nos últimos dois anos, dobraram as vendas nestes produtos de maior valor agregado, que representam hoje 30 % do volume de vendas da empresa. “Os novos produtos para consumo individual atendem o novo perfil de público. O valor por quilo está mantido, somente muda o porcionamento. Não é uma jogada de marketing com o consumidor”, explica Luciano.

Os resultados estão sendo verificados na empresa com a melhoria contínua em produtos e processos. O mercado interno cresceu, em volume, 30% com base no apurado nos quatro primeiros meses do ano passado, informa Luciano. Os produtos com marcas representam 30% do volume de venda, têm valor agregado.

Sustentabilidade, inovações e inclusão apoiam o negócio

A empresa mantém programa de rastreabilidade em toda a sua cadeia de fornecedores e hoje é considerada a mais bem ranqueada do setor no mundo. 100% do gado que chega à indústria é rastreado com georreferenciamento e cruzamento de dados com o Ministério do Trabalho para controlar se há passagens por áreas de desmatamento e trabalho infantil. Todo esse controle será estendido a toda a cadeia de criação de gado dentro dos próximos anos.

Em 2022, investiu US$ 30 milhões em projetos promovendo a inclusão de fornecedores na Amazônia. As iniciativas colaboraram para resolver problemas de cadastro de criadores, problemas de desmatamento, para promover reflorestamento, entre outros.

A iniciativa incluiu mais de 2 mil fazendas, para que todos ficassem alinhadas com os princípios da empresa. “Muitas vezes o criador nem tem consciência de que tem um problema em sua propriedade, mas nosso sistema de rastreabilidade consegue apontar onde há problema para que possamos orientar e demandar os ajustes necessários”, explica Luciano.

A parceria que tem com a Embrapa permitiu que conseguissem chegar a carbono zero na criação de bovinos na Fazenda Santa Virgínia, usando sistema de integração da lavoura, pecuária e florestas (ILPF). “A sustentabilidade tem que ser entendida de forma mais ampla: tem que considerar também o transporte, as quebras devidas pela má qualidade dos produtos”, defende o executivo.

A empresa mantém o Programa Recebimento Garantido, onde os supermercados não abrem as caixas no recebimento. Com isso, agilizam a estocagem nas câmaras frias e preservam a qualidade dos produtos. Havendo algum problema, têm prazo para reclamar.

Hoje estão em processo de organizar o trabalho e identificar as sinergias com a BRF, empresa que faz parte do grupo. Por verticalizar a cadeia de proteínas animais, com boi, frango, suíno, margarina, já tem uma grande vantagem competitiva e responsabilidade social com os 140 mil funcionários somados das duas operações.

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