Por Gus Guadagnini
Estou agora na COP28 em Dubai e acabo de acompanhar o lançamento do relatório “What is cooking?”, da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a principal autoridade global em meio ambiente). O relatório foca em Proteínas Alternativas e seus impactos no mundo. Tudo o que já sabemos, mas agora validado pela ONU num estudo científico com um número expressivo de autores e revisores. Abaixo, o Chat GPT preparou um resuminho pra gente:
O relatório aborda questões cruciais relacionadas aos sistemas alimentares globais e seu impacto no meio ambiente, saúde pública e bem-estar animal.
Impactos das proteínas alternativas:
Emissões de Gases de Efeito Estufa
O relatório destaca que os sistemas alimentares globais são responsáveis por cerca de 30% das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa. Notavelmente, os produtos de origem animal são responsáveis por quase 60% das emissões relacionadas à alimentação, representando 14,5–20% das emissões globais.
Impactos Ambientais e de Saúde
A crescente demanda por alimentos de origem animal (ASF) está ligada a métodos de produção insustentáveis e ao superconsumo, especialmente em países de renda média e alta. Essa demanda contribui significativamente para a mudança climática, poluição do ar e da água, perda de biodiversidade e degradação do solo. Além disso, o alto consumo de carne vermelha e processada está associado a um risco maior de doenças não transmissíveis.
Riscos de Saúde Pública
A produção de ASF também está ligada a riscos de saúde pública, incluindo doenças zoonóticas e resistência antimicrobiana, além de preocupações com o bem-estar animal.
Alternativas de Proteínas
O relatório destaca o potencial de alternativas à base de plantas, carnes cultivadas e alimentos derivados de fermentação. Essas alternativas prometem impactos ambientais reduzidos, menor risco de zoonoses e resistência antimicrobiana, e atenuam as preocupações com o bem-estar animal associadas à agricultura animal convencional.
Implicações Socioeconômicas e Nutricionais
O relatório ressalta a necessidade de mais pesquisas para entender as implicações socioeconômicas e nutricionais dessas alternativas de proteínas. Sugere que os formuladores de políticas devem apoiar essas inovações para garantir a segurança alimentar, empregos, equidade social e de gênero e respeito à cultura.
Aceitação e Regulação
A adoção dessas alternativas de proteínas dependerá de fatores como custo, sabor, aceitação social e cultural, e regulamentação.
Papel dos Governos
O relatório sugere que os governos têm várias opções de políticas para explorar e apoiar o potencial dessas alternativas, incluindo apoio à pesquisa e comercialização e políticas de transição justa.
Impacto Potencial
Com regimes regulatórios e instrumentos de governança apropriados, as alternativas de proteínas podem desempenhar um papel importante, provavelmente com diferenças regionais, na transição para sistemas alimentares mais sustentáveis, saudáveis e menos prejudiciais aos animais.
Este relatório fornece uma visão abrangente dos desafios atuais e futuros dos sistemas alimentares e destaca a importância das inovações em proteínas alternativas como uma solução viável e escalável.
Gus Guadagnini é managing director do The Good Food Institute Brasil
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