campo com plantaçao em circulo
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Os benefícios sobre a opção de cultivo que prioriza a saúde do solo e os serviços ecossistêmicos em geral devem ser mais bem divulgados.

O estudo conduzido pelo EIT Food Consumer Observatory, empresa que conta com financiamento da Comunidade Europeia, investigou as percepções dos consumidores europeus sobre a agricultura regenerativa. O objetivo da pesquisa é entender o conhecimento sobre o cultivo que prioriza a saúde do solo e os serviços ecossistêmicos em geral. Destaca tanto os potenciais benefícios quanto os desafios associados à adoção da agricultura regenerativa em maior escala.

Os resultados obtidos indicam que existe muito desconhecimento dos consumidores sobre o que é a agricultura regenerativa e as diferenças com a agricultura orgânica, quando avaliadas sob o aspecto de sustentabilidade.

O estudo destaca a importância de aumentar a conscientização e a compreensão dos consumidores sobre a agricultura regenerativa para impulsionar a demanda e apoiar a transição dos métodos de agricultura convencional.

Ele pede definições e certificações padronizadas para aprimorar as estratégias de mercado e os marcos legislativos. Ao abordar essas áreas, a agricultura regenerativa pode se tornar uma opção mais viável e atraente para produtores e consumidores, contribuindo para a produção sustentável de alimentos e a resiliência ambiental.

Principais destaques

1. Impacto Ambiental e Social

A agricultura regenerativa está associada a impactos ambientais e sociais mais baixos ou potencialmente positivos. Ela foca na conservação do solo e visa melhorar a biodiversidade, a proteção de bacias hidrográficas e a resiliência ecológica e econômica.

2. Consciência e Percepção dos Consumidores

Apesar do crescente interesse de várias partes interessadas, incluindo produtores, pesquisadores e formuladores de políticas, a conscientização e a compreensão dos consumidores sobre a agricultura regenerativa ainda são limitadas.

Muitos consumidores conseguem adivinhar corretamente o que a agricultura regenerativa envolve e reconhecem seus benefícios em comparação com a agricultura convencional.

3. Potencial de Mercado e Demanda dos Consumidores

Há necessidade de preferências mais claras dos consumidores por produtos produzidos através de práticas regenerativas. Tais preferências facilitariam a justificativa para os agricultores fazerem a transição para métodos regenerativos, reduzindo os riscos percebidos.

Os consumidores mostram preferência por produtos frescos, incluindo produtos de origem animal, provenientes da agricultura regenerativa, mas a veem como menos relevante para alimentos processados.

4. Percepção de Saúde e Qualidade

Os consumidores acreditam que alimentos produzidos através da agricultura regenerativa são mais saudáveis, potencialmente mais nutritivos e livres de pesticidas prejudiciais.

Também há a percepção de que esses alimentos são mais saborosos e de maior qualidade.

5. Desafios na Adoção

Os agricultores enfrentam desafios como a aquisição de novos conhecimentos e habilidades, possíveis reduções de rendimento durante o período de transição e a necessidade de investimento financeiro.

O estudo indica que a menor aragem na agricultura regenerativa pode reduzir as emissões de dióxido de carbono, mas também pode levar ao aumento do uso de herbicidas para controlar ervas daninhas.

6. Viabilidade Econômica

A agricultura regenerativa oferece potenciais benefícios econômicos, incluindo a redução dos custos de fertilizantes e proteção de culturas, renda adicional proveniente de créditos de carbono e desempenho de rendimento melhorado após um período inicial de transição.

No entanto, a escalabilidade da agricultura regenerativa é subestimada, e há preocupações sobre preços mais altos e o fardo sobre os agricultores durante a transição.

7. Padronização e Certificação

Não há uma definição universalmente aceita de agricultura regenerativa, o que complica os esforços para padronizar práticas e certificações.

O estudo identifica a necessidade de uma comunicação e padronização mais claras para ajudar os consumidores a reconhecer e confiar nos produtos de agricultura regenerativa.

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