Considerado um dos mais importantes eventos do setor no país, o Congresso Brasileiro do Agronegócio 2023, que rolou nesta semana (07/08), teve como tema central o “Brasil Agro: inovação e governança” – com a participação de um grupo de especialistas de segmentos variados relacionados com os diferentes elos da cadeia produtiva da agropecuária brasileira.
Confira abaixo as principais pautas que rolaram no evento!
Agro brasileiro está na vanguarda de digitalização e lidera o uso de produtos biológicos e de agricultura regenerativa
O Brasil está na vanguarda da digitalização e da agricultura regenerativa no agronegócio. No 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio 2023, autoridades destacaram o papel do Brasil em alimentar e exportar tecnologias. A consultoria McKinsey revelou que será necessária uma área do tamanho do Brasil para atender à demanda global por proteína animal, carboidratos e fibras, considerando a proteção ambiental.
Além disso, o agro brasileiro lidera a digitalização e práticas regenerativas, como o plantio direto e controle biológico. Desafios financeiros impulsionam o crescimento de fintechs no setor. A solenidade de abertura enfatizou a importância da parceria entre indústria e agricultura, além do compromisso com o desenvolvimento sustentável. O Brasil busca ampliar a área plantada e fortalecer a colaboração público-privada.
Inovação é fundamental para ampliar a produtividade das cadeias produtivas do agro
Neste painel falaram sobre a importância da inovação na ampliação da produtividade. A Agricultura 4.0 envolve não apenas tecnologia de ponta, mas também a transformação digital nas negociações agropecuárias.
A colaboração entre cadeias produtivas, institutos de pesquisa e inovação é essencial para atender às demandas por informações sobre produção sustentável. A digitalização e a aplicação de dados são fundamentais para impulsionar a inovação.
Programas como o PRO Carbono, uma parceria entre a Bayer Brasil e a Embrapa, visam práticas sustentáveis para aumentar produtividade e reduzir a pegada de carbono na agricultura. Rastreamento geoespacial de talhões agrícolas também destacam inovação.
Superar desafios como a conectividade é importante para implementar efetivamente a tecnologia no campo. A colaboração entre pequenos e médios produtores, além de práticas sustentáveis como a Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), são caminhos para maior produtividade.
O congresso reforçou a convergência de tecnologia, colaboração e dados como base para a inovação no agronegócio, alinhando-se aos objetivos de produção eficiente e sustentável.
Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global
Foi destacada também a relevância estratégica do Brasil como potência agroambiental na transição energética global. O evento enfatizou ainda a inevitável transição para uma economia verde e as políticas ambientais que podem afetar a economia.
O Brasil foi reconhecido como uma força geopolítica no setor agropecuário, com ênfase em sua matriz energética diferenciada e potencial ativista compatível com suas capacidades. A governança no agronegócio também foi destacada como essencial para construir credibilidade e visibilidade.
O encerramento enfocou a liderança potencial do Brasil na regulamentação do mercado de carbono, produção de alimentos e energia. Homenagens a figuras notáveis pelo seu impacto no agronegócio também ocorreram: o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio, foi entregue à José Luiz Tejon Megido, jornalista especialista em agronegócio, que recebeu a condecoração de Roberto Rodrigues, presidente da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA).
O evento ressaltou a necessidade de uma abordagem estratégica na transição energética global do Brasil, juntamente com ênfase na governança e inovação para fortalecer sua posição no cenário global do agronegócio.
O evento Congresso Brasileiro do Agronegócio 2023 foi uma parceria entre a Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG com a B3 – a bolsa do Brasil.
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