BNDES impulsiona estrutura de armazenamento para a segurança dos produtos agro no Brasil com projetos em quatro estados
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 216,6 milhões em financiamentos para projetos que fortalecem a estrutura de armazenamento para a segurança dos produtos agro no Brasil, com destaque para iniciativas de cooperativas e empresas em regiões produtoras.
Os recursos serão aplicados na ampliação de armazéns, modernização de unidades e construção de fábricas, reduzindo perdas e garantindo qualidade aos alimentos.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, salienta a iniciativa:
“Os projetos estão alinhados às políticas públicas do governo do presidente Lula, pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades”.
Como a estrutura de armazenamento para a segurança dos produtos agro no Brasil está sendo ampliada?
Entre os casos emblemáticos está o da Coamo, que investirá R$ 52,8 milhões em projetos de ampliação e modernização de armazéns em três municípios paranaenses: Campo Mourão, Corbélia e Mamborê. A cooperativa, uma das maiores do país, busca aumentar sua capacidade estática para armazenar grãos como soja e milho, minimizando riscos de deterioração.
No Mato Grosso do Sul, a Energética Santa Helena utilizará R$ 40 milhões do crédito do BNDES para construir um armazém e uma fábrica de açúcar em Ivinhema. O projeto não apenas ampliará a estocagem de cana-de-açúcar, mas também agregará valor à produção local, beneficiando agricultores da região.
Já a Copacol, cooperativa com forte atuação no Paraná, receberá R$ 83,8 milhões para expandir unidades de armazenamento em Cascavel e Jesuítas, além de modernizar sua fábrica de rações. A iniciativa deve aumentar a capacidade de processamento de grãos e melhorar a logística de distribuição para mercados interno e externo.
Em Minas Gerais, a Vale do Paracatu foi contemplada com R$ 40 milhões para erguer um armazém e uma usina de açúcar em Paracatu, região que combina produção de grãos e cana. O projeto promete diversificar a economia local e evitar perdas pós-colheita, críticas em áreas com infraestrutura deficiente.
Impacto direto na cadeia produtiva
Esses investimentos ilustram como a estrutura de armazenamento para a segurança dos produtos agro no Brasil é vital para equilibrar oferta e demanda. Bruno Aranha, do BNDES, comenta:
“Cada projeto financiado reflete uma necessidade específica da região, seja para grãos, açúcar ou rações”.
No Paraná, por exemplo, onde 30% da capacidade de armazenagem está obsoleta, as intervenções da Coamo e Copacol podem reduzir em até 15% as perdas de milho, segundo estimativas do setor.
Profissionais do mercado reforçam que iniciativas como essas são urgentes. Carlos Nobre, consultor em logística agrícola, alerta:
“Sem armazéns modernos, o Brasil continuará desperdiçando comida enquanto enfrenta pressões inflacionárias”.
Com safras recordes, a estrutura de armazenamento para a segurança dos produtos agro no Brasil não é mais um luxo, mas uma exigência para manter o país na liderança global do agronegócio.
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