Programa ADM re:generação registra redução de mais de 50% nas emissões de carbono da soja e inicia segunda fase no Brasil

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Nova etapa do programa de agricultura regenerativa fará coleta de solo nas fazendas participantes para avaliar o sequestro de carbono da produção agrícola.

O programa ADM re:generação, iniciativa de agricultura regenerativa da ADM, celebra seu primeiro ano com resultados expressivos. Dados de 25 mil hectares de 16 produtores mostraram uma redução de mais de 50% nas emissões de carbono na produção de soja, comparado aos valores de referência utilizados no mercado. Com foco na sustentabilidade, o programa avança para sua segunda fase, que incluirá a análise do sequestro de carbono no solo.

Redução de emissões e metodologia robusta

A redução das emissões foi medida em toneladas de carbono por tonelada de soja produzida, utilizando a ferramenta Footprint PRO Carbono. Esta metodologia avalia cinco pilares: emissões de campo, mudanças no uso da terra (MUT), insumos, secagem e transporte. De acordo com André Germanos, Gerente de Negócios de Carbono e Agricultura Regenerativa da ADM para América Latina, os dados são gerados com precisão por uma calculadora de carbono tropicalizada, desenvolvida em parceria com a Bayer e a Embrapa.

“A agricultura brasileira já adota práticas sustentáveis e avançadas, como plantio direto e cobertura do solo. Construímos uma base sólida de dados primários para comprovar a baixa pegada de carbono e aumentar a confiança nos mercados local e internacional”, destaca Germanos.

Rastreabilidade e avanços científicos com agricultura regenerativa

Os dados coletados dos 16 produtores participantes, localizados em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, foram incorporados a uma plataforma blockchain, assegurando a rastreabilidade. A nova fase do programa introduz a análise de sequestro de carbono no solo, com amostras coletadas em todos os talhões participantes.

“Estabelecemos uma linha de base para monitorar o impacto das práticas agrícolas regenerativas ao longo do tempo”, explica Ana Carolina Guedes, Líder de Parcerias para o Negócio de Carbono da Bayer.

Engajamento e expansão programadas

Produtores como Lisandra Zamboni, que participa do programa com 15% de sua propriedade, destacam os benefícios da adesão às práticas regenerativas. “Com o programa, observei ganhos de produtividade e maior resiliência da lavoura. Essa responsabilidade precisa ser compartilhada por toda a cadeia produtiva”, afirma.

A ADM pretende expandir o programa para 200 mil hectares nos próximos cinco anos, com foco em capacitação técnica e disseminação de práticas como uso de fertilizantes eficientes, insumos biológicos, plantio direto aprimorado e cobertura do solo contínua.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

Com base em normas internacionais, como o GHG Protocol e a ISO 14067, a calculadora utilizada pelo programa permite identificar pontos críticos e recomendar melhorias. A parceria ADM-Bayer evidencia o compromisso da agricultura tropical em liderar iniciativas regenerativas e atender a demanda global por produtos sustentáveis.

Germanos conclui: “Queremos que as boas práticas agrícolas brasileiras sejam reconhecidas e valorizadas. Nosso compromisso é levar esses resultados ao mercado e mostrar que a sustentabilidade é parte intrínseca da produção agrícola nacional.”