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A empresa consolidou sua posição de destaque no mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) em 2024

Com foco em oferecer operações seguras e bem estruturadas, a Eco Securitizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio S.A. (EcoSec) registrou crescimento de 18% em transações certificadas, fortalecendo sua posição como líder em soluções finance para o agronegócio.

Segundo dados da Uqbar, a empresa emitiu em 2024 um total de R$ 12,9 bilhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), distribuídos em 32 operações. Com isso, manteve uma participação de 42,99% no mercado de emissões de CRA nesse ano.

Em termos de crescimento, a EcoAgro alcançou um volume acumulado de emissões de CRA de R$ 74,358 bilhões em 2024, um aumento em relação aos R$ 58,084 bilhões acumulados em 2023. Isso representa um crescimento de aproximadamente 28% no volume acumulado de emissões de CRA de 2023 para 2024.

Desafios e estratégias em um mercado volátil

O mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) tem se consolidado como uma das principais ferramentas de financiamento do setor agrícola brasileiro, atraindo investidores em busca de rentabilidade aliada ao fortalecimento do agro. Com base em tendências recentes e análises de especialistas, projeta-se um crescimento robusto para os próximos anos.

Mesmo neste contexto, a EcoSec realizou duas de suas maiores emissões: a operação  Marfrig Global Foods III, dividida em quatro séries, com um total emitido de R$ 2 bilhões, tendo como agente fiduciário a Vórtx e como assessores jurídicos Cescon Barrieu e Lefosse; e a operação BRF, com um montante de R$ 2 bilhões, dividida em três séries, tendo como agente fiduciário a Oliveira Trust e os assessores jurídicos BM&A e Machado Meyer. Ambas as operações têm como lastro debêntures. 

A Virgo também se destacou, realizando a emissão Minerva VII, dividida em três séries, captando R$ 2 bilhões em março de 2024. Em dezembro do mesmo ano, com a operação Minerva VIII, captou mais R$ 2 bilhões, distribuídos em cinco séries, tendo como agente fiduciário a Vórtx e como assessores jurídicos Pinheiro Neto e Stocche Forbes. 

A True captou sua maior cifra com a operação Atacadão, no valor de R$ 1 bilhão, distribuído em cinco séries, tendo como agente fiduciário a Oliveira Trust e como assessores jurídicos Machado Meyer e Pinheiro Neto. 

grafico Uqbar operaçoes de securitizacao CRA

Perspectivas para 2025 e o que esperar para o futuro

O Brasil é o 3º maior exportador agrícola global, com safras recordes e demanda internacional crescente por commodities como soja, milho e carne. Isso impulsiona a necessidade de capitalização via CRAs. Em 2023, o mercado de CRA movimentou R$ 130 bilhões, segundo a B3 (Bolsa Brasil Balcão), com alta de 22% em relação a 2022. Esses dados demonstram a relevância de estrutura financeira adequada para dar suporte à atividade produtiva.

Estimativas da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apontam para uma taxa média de crescimento nas emissões de CRAs de 12% ao ano até 2030, impulsionada por:

  • Aumento da confiança em títulos lastreados no agro.
  • Expansão de programas governamentais (ex.: Plano ABC+ para agricultura sustentável).
  • Digitalização de processos (plataformas de crowdfunding agrícola).

Volume Financeiro:

Espera-se que o mercado ultrapasse R$ 250 bilhões em emissões acumuladas até 2030, com participação crescente de pequenos e médios produtores.

Inovação e Tecnologia:

  • CRAs digitais, emitidos via blockchain para garantir transparência, devem representar 30% do mercado na próxima década.
  • Integração com agtechs para análise de risco e monitoramento de safras em tempo real.

Desafios a superar no mercado de CRA

  • Volatilidade Climática e de Commodities:
    Eventos como secas ou oscilações nos preços internacionais podem impactar a liquidez dos CRAs.
  • Regulatório:
    A necessidade de harmonização de normas entre instituições financeiras e o setor agrícola, além de simplificação tributária.
  • Acesso a Pequenos Produtores:
    Ampliar a inclusão de agricultores familiares, que hoje representam apenas 8% das emissões, requer modelos de garantia mais flexíveis.

Segundo Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP), “Os CRAs são vitais para manter o agro competitivo. Com taxas de juros globais em alta, o desafio será equilibrar custos e atrair capital estrangeiro, sem perder o foco na sustentabilidade.”

Com informações da Uqbar.


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1 Comentário
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