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As exportações da peixes apresentaram um crescimento recorde de valor em 2024: aumento de 138%, em relação a 2023, chegando a 59 milhões de dólares.

A piscicultura nacional está vivendo um ótimo momento. Em termos de volume, o crescimento das vendas ao exterior foi de 102%, passando de 6.815 para 13.792 toneladas, o maior incremento desde 2021. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelos embarques de filés frescos, que atingiram US$ 36 milhões, seguidos pelos peixes inteiros congelados, com US$ 17 milhões.

A tilápia destacou-se como a principal espécie exportada, representando 94% das exportações da piscicultura nacional, com um total de US$ 55,6 milhões, um crescimento de 138% em relação ao ano anterior.

Os Estados Unidos foram o principal destino, absorvendo 89% das exportações brasileiras, especialmente de tilápia. Outros mercados, como o Peru, demonstraram interesse em peixes nativos, importando US$ 1,1 milhão de curimatá, US$ 746 mil de pacu e US$ 571 mil de tambaqui.

Consumo mundial de peixes em alta

No cenário global, a produção de peixes atingiu US$ 1,07 trilhão em 2024 e projeta-se que alcance US$ 1,22 trilhão até 2029, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 2,60%. A Ásia-Pacífico domina o mercado, sendo responsável por 70% da produção global em 2020, com destaque para países como China, Indonésia, Índia e Vietnã. A crescente urbanização e o aumento da renda disponível nessas regiões têm impulsionado o consumo de peixes como opção de proteína.

De acordo com os dados da FAO, o consumo global de alimentos aquáticos tem aumentado significativamente, atingindo 20,2 kg per capita, mais que o dobro do consumo na década de 1960. Em 2020, mais de 157 milhões de toneladas, ou 89% da produção de animais aquáticos, foram destinadas ao consumo humano direto.

Os alimentos aquáticos contribuíram com cerca de 17% da proteína de origem animal consumida em 2019, chegando a 23% em países de renda média baixa e mais de 50% em partes da Ásia e África.

Importações de peixes ainda superam o volume exportado pelo Brasil

De acordo com Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o motivo do aumento de 138% no valor exportado deve-se à redução no preço da tilápia no mercado interno. “Houve uma importante queda no preço da tilápia pago ao produtor ao longo de 2024. Se, no final de 2023, o preço da tilápia pago ao produtor chegava a uma média de R$ 9,73 o quilo, ao término de 2024 esse valor caiu para R$ 7,85, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea. Isso estimulou que algumas empresas passassem a mirar o mercado externo”, explicou.

No entanto, apesar do crescimento nas exportações, a balança comercial brasileira da piscicultura registrou um déficit de US$ 992 milhões em 2024, devido ao aumento das importações, que atingiram US$ 1 bilhão. O salmão foi a principal espécie importada, seguido pelo pangasius. Houve um aumento de 9% em valor na importação de salmão e de 5% em volume, totalizando US$ 909 milhões, correspondendo a 87% do volume total importado pelo país.

Esses dados ressaltam o potencial e os desafios da piscicultura brasileira no mercado internacional. A diversificação de espécies cultivadas e a busca por novos mercados são estratégias essenciais para fortalecer a posição do Brasil nesse setor em constante evolução. As informações constam da nova edição do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura, produzido pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). A publicação é gratuita e pode ser acessada neste link.
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