O painel “Finanças como Pilar para o Desenvolvimento Sustentável” destacou a importância das finanças sustentáveis e das inovações financeiras para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Com uma visão de longo prazo e foco em sustentabilidade, os participantes do painel trouxeram insights valiosos sobre como o setor pode continuar crescendo de maneira sustentável e eficiente. Participaram do painel Marcelo Porteiro, superintendente da área de operações e canais digitais do BNDES, Bruno de Freitas Gomes, Superintendente de Securitização e Agronegócio da CVM, com a moderação de Guilherme Nastari, diretor da Datagro.
Marcelo abriu o painel destacando a importância do setor agro para a economia brasileira. Ele ressaltou que o agronegócio representa cerca de 24 a 25% do PIB e mais de 160 bilhões de dólares em exportações, com uma participação de quase 50% na pauta de exportações do país.
O executivo enfatizou o papel do BNDES em promover a sustentabilidade e o acesso ao crédito para o setor, com foco em práticas de baixo carbono e apoio ao cooperativismo.
Bruno abordou a crescente utilização do mercado de capitais pelo setor agro. Ele destacou a importância dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e do Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) como instrumentos financeiros que complementam o crédito subsidiado pelo governo.
Ele enfatizou a necessidade de educar os produtores rurais sobre esses instrumentos e promover a governança necessária para acessar o mercado de capitais.
Guilherme Nastari, diretor da Datagro, reforçou a relevância das finanças sustentáveis para o desenvolvimento do setor agro. Ele mencionou a importância do crédito de carbono e a necessidade de clareza regulatória para fomentar esse mercado.
Guilherme também destacou o potencial do agronegócio brasileiro em capturar carbono e contribuir para a sustentabilidade global.
Principais Discussões e Perspectivas
O painel trouxe à tona diversas discussões fundamentais para o futuro do agronegócio brasileiro. A sustentabilidade foi um tema recorrente, com ênfase na descarbonização e no uso de práticas agrícolas de baixo impacto ambiental.
Marcelo Porteiro destacou os programas do BNDES que incentivam o uso de técnicas sustentáveis e a importância de prevenir o desmatamento ilegal através de parcerias com o ICMBio e o uso de imagens de satélite para monitoramento.
Bruno de Freitas Gomes falou sobre o papel da CVM em facilitar o acesso ao mercado de capitais para o setor agro, destacando os avanços no uso de CRAs e Fiagros. Ele mencionou que o mercado de capitais oferece um horizonte de longo prazo que é essencial para o financiamento de grandes projetos de infraestrutura e logística no setor agro.
Guilherme Nastari abordou a questão dos créditos de carbono, destacando o potencial do agronegócio brasileiro em se beneficiar desse mercado. Ele enfatizou a necessidade de uma regulamentação clara e eficiente para estimular a participação dos produtores rurais e das cooperativas no mercado de capitais.
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