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Vem com a gente saber os principais highlights do segundo dia de World Agri-Tech South America Summit!

Construindo uma superpotência de Inovação Sustentável

As novas tecnologias estão trazendo uma revolução para o mercado agroalimentar da América do Sul, com impactos significativos em termos de eficiência, produtividade e sustentabilidade.

Ao mesmo tempo, as diretrizes em torno da sustentabilidade e dos relatórios de carbono estão impulsionando a adoção de estratégias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas em toda a região. Esforços estão sendo feitos para reduzir o desmatamento, enquanto o ecossistema de inovação agroalimentar busca alinhar-se com as metas ESG.

A posição da agricultura sul-americana no cenário internacional é um tema complexo, onde a percepção e a realidade podem não estar totalmente alinhadas. Além disso, a atividade regulatória tem tido um impacto significativo no desenvolvimento da agricultura sul-americana no último ano e espera-se que continue influenciando nos próximos 12 meses.

Moderadora da sessão:

Juliana Lopes, Diretora de Natureza e Sociedade, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)

Palestrantes:

  • Márcia Barbosa, Secretária de Políticas e Programas Estratégicos, MCTI
  • Kieran Gartlan, Managing Director, THE YIELD LAB LATAM
  • Murilo Parada, Diretor de Sustentabilidade e Head para América do Norte da América Latina, LOUIS DREYFUS COMPANY
  • Marcelo de Campos e Silva, Especialista em Carbono, BANCO DO BRASIL

Agri-Fintech: desarriscando o financiamento para os agricultores e a cadeia de valor via plataformas digitais

Essa sessão fez análises das vias de acesso ao crédito e ao financiamento que os agricultores têm à sua disposição, desde os credores tradicionais às plataformas online inovadoras.

As inovações em tecnologia são novamente o elemento central para a ampliação na oferta de crédito no mercado. O acesso a dados que temos hoje, para concatenar as informações, não existia há 15 anos. Hoje, podemos entender melhor os riscos dos negócios específicos, podendo avaliar as oportunidades de crédito de forma muito mais ágil e com riscos ponderados.

“Novos bolsos apareceram no mercado de capitais, ainda com presença tímida de instrumentos de crédito. O uso de tecnologia com digitalização traz também o componente de sustentabilidade, integrando com diversas plataformas”, explica César Vieira Jr., da Serasa Experian.

Segundo Marina Mansur, da consultoria McKinsey, as ferramentas digitais hoje convivem com a presença humana, atuam de forma híbrida. Este modelo consegue mitigar riscos ao trazer informações mais consolidadas e verificadas sobre as operações de milhares de produtores que necessitam de crédito. Afinal, a prática de usar crédito de mercado para as operações, desde o plantio até a venda final, já é bem comum no mercado.

A iniciativa do Bradesco ao criar o e-agro, operação dedicada a atender o setor considerando todas as particularidades em termos de ciclos produtivos, riscos, garantias e renda, é um bom sinal ao setor. Nadege Saad, CEO do e-agro, entende que “existem formas híbridas de abordagem, de olhar o produtor de forma holística, seja grande ou pequeno. Mudam os instrumentos e as formas de abordagem.”

Neste sentido, a empresa estabelece parcerias que possam apoiá-los para entender as necessidades específicas dos vários perfis de produtores, podendo entender os riscos. Parceiros como a Agrotools e a Agrosmart, que têm tecnologias que mapear produções, ajudam neste processo.

Existe espaço no mercado para tantas empresas fintechs?

“Estamos vendo a criação de grandes ecossistemas, e talvez não exista espaço para tantos”, defende Marina. Reforçando a visão, Fabrizio Pezente, CEO da Traive, entende que todos os players estão buscando como atender melhor os produtores. “A tecnologia é central, não depende de quem liderará a oferta de crédito. O contato com o produtor, a interface que coleta os dados e a cadeia de distribuição estão bem posicionados”, explica o executivo.

Na mesma linha, Nadege vê que os marketplaces estão atendendo a base de clientes que os bancos e fintechs já tinham relacionamento. Estão levando o produtor do offline para o online, atraindo com proposta de valor interessante e agilidade na avaliação e concessão de crédito.

Ainda assim, o modelo não deve ser 100% digital no médio prazo. “A tecnologia vai favorecer a entrada de novos participantes no mercado de crédito. A governança será fator importante”, comenta César.

A grande quantidade de empresas atuando no mercado de financiamento ao agro pode ainda gerar dificuldades para elas próprias. Há alguns anos, o produtor ia direto aos bancos com quem tinha relacionamento para obter o crédito. Hoje, com tanta oferta de crédito de empresas de insumos, das fintechs, traders, com opções de operações de Fiagro, FDIC, CRA, os produtores podem avaliar de forma mais ampla o que melhor os atende.

“Alguns produtores consideram absorver taxas mais altas pela facilidade e agilidade na liberação de crédito. O digital está atuando na simetria de informações e ajuda na definição dos atributos”, conclui Nadege.

Moderadora da sessão:

Marina Mansur, Sócia, MCKINSEY & COMPANY

Palestrantes:

  • Fabricio Pezente, Fundador e CEO, TRAIVE
  • Nadege Saad, Head de Agronegócio, e-agro (BRADESCO)
  • Cesar Vieira Jr, Gerente Executivo, SERASA EXPERIAN

A fazenda digitalizada: aumentando a escala e a adoção de soluções agrícolas inteligentes

Na palestra, foram discutidas as principais barreiras enfrentadas pelos produtores na adoção de tecnologia e experimentação. Foi abordada a possibilidade de reduzir riscos e fornecer redes de segurança para encorajar a implementação dessas inovações.

Além disso, destacaram a importância de promover parcerias estratégicas entre produtores, investidores, startups, empresas e formuladores de políticas, visando a melhoria da colaboração, educação e integração. Mostraram também a dificuldade ou facilidade que esse processo de parceria pode enfrentar no futuro, bem como a responsabilidade de impulsioná-lo e quais modelos de negócios seriam mais adequados para apoiar a expansão da inovação.

Outro ponto discutido foi a necessidade de preencher lacunas na infraestrutura e as normas governamentais necessárias para criar confiança nas novas tecnologias. Por fim, foram exploradas as possibilidades de utilização das tecnologias mais recentes em sensoriamento, IoT e Inteligência Artificial para uma abordagem conectada mais preditiva e precisa na agricultura, levando em consideração a escala necessária para viabilidade financeira dessas tecnologias e o retorno sobre o investimento que os produtores podem esperar.

Moderador da sessão:

Carlos Hirsch, Diretor de Receitas, EIWA

Palestrantes:

  • Almir Araujo, Diretor de Digital, BASF AGRICULTURAL SOLUTIONS
  • Gregory Riordan, Diretor Digital América do Sul, CNH INDUSTRIAL
  • Frederico Logemann, Head de Inovação e Estratégia, SLC AGRICOLA
  • Tomás Dandrea Balistiero, COO, CITROSUCO

Parcerias colaborativas para desbloquear o conhecimento em nutrição de culturas

Este painel se concentrou nos benefícios do uso de dados e bases de conhecimento para oferecer aos produtores recomendações mais bem informadas. As agtechs podem aproveitar APIs para suportar suas plataformas digitais e entregar melhores resultados para seus usuários finais.

Palestrante:

Marcus Birke, Head de Produto, AgTech APIs, YARA INTERNATIONAL

Sessão Destaque Inovador no World Agri-tech: Cubo Agro

A Cubo Agro e algumas de suas empresas do portfólio apresentaram os frutos de suas colaborações, mostrando como startups e investidores estão trabalhando juntos para posicionar o Brasil como um hub global de inovação agrícola.

Palestrantes:

  • Marcella Falcão, Head de Investidores e Corporações, CUBO ITAÚ
  • Pedro Miranda, Fundador & CEO, ABUNDANCE
  • Pedro Martins Dusso, Fundador & CEO, AEGRO
  • Eduarda Olivia Schneider, Fundadora & CEO, AGRICON

ESG Finance: desbloqueando novas fontes de investimento para o crescente ecossistema de agtechs

A palestra abordou a revolução prometida pelos novos modelos de financiamento orientados por ESG na forma como a inovação é financiada e implementada.

Também falaram sobre o impacto das pressões internacionais sobre práticas sustentáveis e a adoção de tecnologias inteligentes para o clima.

A divulgação de padrões globais de sustentabilidade e a metodologia Nature Risk Profile do PNUMA foram destacadas como ferramentas para garantir a sustentabilidade e a biodiversidade nos investimentos. Além disso, foi mencionada a possibilidade de um cenário mais consolidado tornar o ESG mais acessível no futuro.

Presidente da sessão:

Sérgio Meirelles, Sócio, CAMPOS THOMAZ

Palestrantes:

  • José Pugas, Sócio &Head de ESG e Agronegócio, JGP CRÉDITO
  • Marcelo Lima, Co-Fundador, 10B
  • Flavio Zaclis, Fundador, BARN INVESTMENTS

Commodities inteligentes: permitindo a rastreabilidade da cadeia de suprimentos da fazenda ao garfo

Com a crescente pressão dos consumidores e reguladores, a conversa sobre rastreabilidade da cadeia de suprimentos está passando por transformações significativas. Os agricultores estão buscando maneiras de monitorar e relatar seus métodos de produção, enfrentando o desafio de decidir entre desenvolver suas próprias tecnologias ou colaborar com fornecedores.

Há diversas barreiras para um rastreamento mais abrangente ao longo da cadeia de valor, mas é necessário aumentar a adoção dessas práticas nas operações agrícolas. Os agricultores estão buscando identificar e implementar soluções, bem como monitorar seu impacto. Além disso, eles precisam examinar cuidadosamente os potenciais fornecedores para garantir o cumprimento dos regulamentos.

Essa crescente transparência também está sendo integrada às estratégias de gestão de risco das empresas do setor alimentar e dos comerciantes de matérias-primas.

Moderadora da sessão:

Roberta Paffaro, Diretora de Desenvolvimento de Mercado Internacional, CME GROUP

Palestrantes:

  • Yuri Feres, Country Director, Brasil, RAINFOREST ALLIANCE
  • Melissa Brito, Diretora Global de Agricultura de Conversão Zero, THE NATURE CONSERVANCY
  • Diego Hoter, Co-Fundador e CEO, UCROP.IT

Dados agrícolas: otimizando a acessibilidade, a absorção e o valor

Os produtores da América do Sul estão utilizando dados agrícolas gerados em suas fazendas para tomar decisões mais rápidas e informadas. Isso melhora a eficiência e a produtividade no setor agrícola.

Além disso, é importante explorar maneiras de aprimorar o acesso e os benefícios dos agricultores em relação aos seus próprios dados. Estudos de caso mostram que fazendas, agronegócios e universidades estão colaborando para acelerar ciclos de inovação por meio do compartilhamento de dados.

Essa abundância de novos dados tem um papel crucial na modelagem climática e no uso de insumos agrícolas. No entanto, é necessário estabelecer normas e fornecer treinamento adequado para ajudar os agricultores e sua equipe a coletar conjuntos de dados relevantes e utilizáveis, a fim de aproveitar ao máximo essa informação valiosa.

Moderadora da sessão:

Stephanie Regagnon, Diretora Executiva, Parcerias de Inovação, DANFORTH PLANT SCIENCE

Palestrantes:

  • Ricardo Galvan, PEPSICO
  • Vitor Mondo, Head de Transferência de Tecnologia, EMBRAPA
  • Leandro Carrion, Líder Regional de Inovação, JOHN DEERE
  • Pedro Ronzani, Líder de Negócios LATAM, EARTHDAILY AGRO

Educação agrícola: qualificando os produtores para atender às demandas de um mundo digitalizado

Com o avanço acelerado da tecnologia ao longo da cadeia de suprimentos, existe um risco considerável de que produtores, que em muitos casos não estão familiarizados com laptops e smartphones, fiquem para trás.

Diante disso, tanto instituições de ensino quanto empresas estão se preparando para enfrentar esse desafio, buscando formas de atualizar seus métodos e oferecer treinamentos adequados. Além disso, há um interesse em identificar os principais players do setor, aqueles que se destacam no ensino agrícola e estão na vanguarda das inovações.

Por outro lado, os produtores enfrentam diversas barreiras para entrar nesse contexto tecnológico, incluindo a falta de conhecimento e acesso limitado a recursos. É necessário investir em capacitação, oferecer suporte técnico e promover parcerias que facilitem o acesso às ferramentas e tecnologias necessárias para o progresso no setor agrícola.

Moderadora da Sessão:

Marina Piccini, Fundadora, AGROSCHOOL

Palestrantes:

  • Ana Galiano, Vice-Reitora, UNIVERSIDADE AUSTRAL, ROSÁRIO
  • Renato Botelho, Diretor Presidente, REHAGRO

O Futuro da Agricultura na América do Sul

A palestra discutiu os desafios enfrentados pelo agronegócio sul-americano nos mercados de exportação, que demandam constantemente seus produtos e introduzem novas regulamentações e padrões.

Além disso, foram abordadas as mudanças no cenário global de recebimento de alimentos devido à turbulência política e ao clima, levantando a questão se a região pode se tornar a despensa do mundo.

A importância da América do Sul como uma fonte de inovação na agricultura foi destacada, com ênfase na necessidade de medidas para garantir que a região permaneça na vanguarda. “Temos que considerar que o Brasil é agora. Somos um poder, uma potência do agronegócio. Temos que olhar para o futuro… Nós somos o país que oferece alimentos para o mundo todo e temos a maior biodiversidade do mundo”, diz Gus.

O painel do World Agri-Tech abordou ainda as tendências em mudança no consumo de proteína, com os consumidores demonstrando maior tolerância a alternativas à base de plantas e afastando-se da carne, e explorou como os produtores podem se ajustar a essas tendências em evolução.

Moderador da sessão:

Fabio Cardo, Fundador, FOOD FORUM

Palestrantes:

  • Gus Guadagnini, CEO, THE GOOD FOOD INSTITUTE
  • Mariana Vasconcelos, Fundadora, AGROSMART
  • Roberto Viton, Diretor Geral, VALORAL ADVISORS
  • José Gobbée, Diretor, THE CONTEXT NETWORK

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