Acordo de cooperação impulsiona a cadeia de valor de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil
O fortalecimento da produção de plantas medicinais e fitoterápicos na agricultura familiar recebeu um novo impulso com a assinatura do Acordo de Cooperação para o Programa de Desenvolvimento de Cadeias de Valor de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PDFITO).
O termo foi firmado entre a Fundação Banco do Brasil (Fundacão BB), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), em cerimônia realizada na Farmácia da Natureza, em Jardinópolis (SP), um centro de referência em fitoterapia no Brasil.
Agricultura familiar e fitoterápicos: um caminho para a sustentabilidade
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a parceria representa um marco no fomento à produção de medicamentos acessíveis e eficazes dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). “Queremos investir na formação de agricultores familiares para o cultivo de plantas medicinais, dentro dos padrões de qualidade exigidos, para que sejam adquiridas pelo SUS por meio das Farmácias Vivas”, destacou.
A iniciativa fortalece a agroecologia e a industrialização sustentável, promovendo a geração de renda para agricultores familiares e extrativistas. Segundo o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, a cooperação também amplia o estudo e aproveitamento da biodiversidade brasileira. “Vamos explorar esse potencial de forma sustentável, criando produtos que beneficiem a população e fortaleçam a economia local”, afirmou.

divulgação Fundação BB

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Biodiversidade e inclusão social na produção de medicamentos com plantas medicinais
A Fundação Banco do Brasil, que completa 40 anos em 2025, reforça seu compromisso com a inclusão produtiva e o desenvolvimento nacional. Para seu presidente, Kleytton Guimarães Morais, a sinergia entre saberes tradicionais e conhecimentos acadêmicos é essencial para impulsionar o setor. “Este acordo une a seleção milenar de plantas nativas ao conhecimento científico, promovendo a soberania nacional na produção de insumos farmacêuticos”, afirmou.
A coordenadora da Farmácia Viva e presidente da Casa Espírita Terra de Ismael, Profª Ana Maria Pereira, destacou a importância da iniciativa para a independência brasileira na produção de medicamentos. “Hoje, 97% dos medicamentos consumidos no Brasil são importados. O país precisa investir em sua biodiversidade para reduzir essa dependência”, ressaltou.
Expansão do programa para novas comunidades
Após a assinatura do acordo, os parceiros começarão a estruturar projetos para ampliar a iniciativa em outras comunidades com potencial produtivo. O objetivo é fortalecer as Farmácias Vivas como referências técnicas para a qualificação da produção de plantas medicinais no Brasil, consolidando uma alternativa econômica e socialmente sustentável para a agricultura familiar.
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