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A tarefa de comunicar sustentabilidade hoje faz parte dos pilares estratégicos de empresas comprometidas com a preservação do meio ambiente

Por André Degasperi

A tarefa de comunicar sustentabilidade hoje faz parte dos pilares estratégicos de empresas comprometidas com a preservação do meio ambiente no presente e no futuro, ou pelo menos deveria estar. A importância de elevar e ampliar o diálogo dentro e fora das corporações é a grande responsabilidade e desafio dos comunicadores nos dias de hoje. O diálogo tem que transcender as paredes corporativas e atingir stakeholders diversos de forma horizontal, abrindo espaço para troca multidirecional, definindo responsabilidades de ação em colaboração para um futuro mais sustentável.

A tarefa de comunicar sustentabilidade hoje faz parte dos pilares estratégicos de empresas comprometidas com a preservação do meio ambiente no presente e no futuro, ou pelo menos deveria estar. A importância de elevar e ampliar o diálogo dentro e fora das corporações é a grande responsabilidade e desafio dos comunicadores nos dias de hoje. O diálogo tem que transcender as paredes corporativas e atingir stakeholders diversos de forma horizontal, abrindo espaço para troca multidirecional, definindo responsabilidades de ação em colaboração para um futuro mais sustentável.

A pavimentação dessa estrada sustentável é longa e depende de uma rede de elos, terreno fértil para a atuação dos colegas comunicadores. No agronegócio, o tema entra em todas as pautas da cadeia de valor. No caso da soja, por exemplo, tudo começa no preparo do campo para a próxima safra e avança no plantio, na colheita, na logística da fazenda aos portos ou às fábricas de processamento que transformam o grão em farelo de soja, em óleo vegetal, em biodiesel, em ração animal, em produtos proteicos plant-based, e avança para as gôndolas, para a indústria, outros clientes e consumidores.

Do campo ao prato, seja para alimentação humana ou animal, procuramos ajudar o produtor a ser mais sustentável e orientá-lo a buscar boas práticas em suas propriedades, e muitas vezes aprendemos com ele também. Dados de uma pesquisa realizada pela ADM sobre sustentabilidade no cultivo de oleaginosas realizada em 2022 demonstra que 81% dos produtores brasileiros acreditam fortemente que a sustentabilidade no campo significa ir além das práticas previstas na legislação. O dado mostra que o produtor está não somente alinhado com as práticas de sustentabilidade previstas por lei, como também entende a importância do tema e está aberto às inovações que o ajudam a elevar a qualidade de seu processo.

Tal entendimento proporciona ao agronegócio uma oportunidade gigantesca de estabelecer canais que tragam o apoio da indústria às formas de cultivo sustentável, como a prática da agricultura regenerativa, por exemplo. O tema não é novidade no Brasil, mas vem ganhando força e parece convergir com os interesses da maioria dos stakeholders do setor como meio factível de práticas sustentáveis no campo. A agricultura regenerativa pode ser denominada como um sistema de cultivo que ajuda a reconstruir a saúde do solo, enquanto produz alimentos para abastecer o planeta. Tais práticas ganham cada vez mais importância na esfera público-privada no Brasil e no mundo. Para a ONU, tais técnicas no campo, aliadas à redução das emissões de carbono, podem converter-se em grandes aliadas no atingimento de seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em dois deles, o texto é claro:

❱ meta 13: ação contra a mudança global do clima;
❱ meta 15: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.

A prática da agricultura regenerativa é uma grande aliada para que essas metas sejam atingidas pela cadeia de valor agrícola.

A indústria ocupa uma posição única para influenciar práticas responsáveis em toda a cadeia de valor agrícola pela posição estratégica que ocupa nela

O protagonismo do comunicador nesse processo complexo que envolve múltiplos stakeholders começa pela escuta para criar conexões com instituições de conservação e educação socioambiental, órgãos governamentais de pesquisa e fomento, academia, terceiro setor, agências de cooperação internacional e o sistema produtivo. O resultado disso pode ser reverberado ao criar elos a longo prazo com comunidades e escolas, todos em uma grande rede de apoio para troca de conhecimentos, conscientização ambiental, geração de emprego, renda e garantia da proteção do meio ambiente.

A indústria ocupa uma posição única para influenciar práticas responsáveis em toda a cadeia de valor agrícola pela posição estratégica que ocupa nela: está presente e atua entre produtores e produtos que chegam às prateleiras do mercado. São muitos os desafios para pavimentar um sistema de produção e alimentação mais sustentável, mas o desejo por um planeta melhor motivado pelo efeito estufa é pungente e crítico.

O que poderia ser mais interessante e intrigante para um profissional de comunicação do que um desafio como esse? Os próximos anos nos reservam aprendizados e sobretudo muito trabalho duro pelo novo patamar de consciência limpa que atingimos. Precisamos agora transformar esse aprendizado em ação.

André Degasperi é head de Comunicação Corporativa na ADM América Latina.

1 Comentário
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