Práticas de agricultura regenerativa impulsionam sustentabilidade na cadeia de suprimentos
A Nestlé Brasil atingiu 41% de aquisição de suas principais matérias-primas — cacau, café e leite — via práticas de agricultura regenerativa, ultrapassando em um ano a meta de 30% prevista para dezembro de 2025. O avanço acelera a redução de 70% das emissões originadas na agricultura, reforçando o compromisso global da empresa em cortar pela metade suas emissões até 2030 e zerar o carbono líquido até 2050.
Programas estratégicos ampliam adoção de práticas regenerativas
Três iniciativas estruturadas — Nestlé Cocoa Plan (cacau), Nature por Ninho (leite) e Nescafé Plan (café) — foram decisivas para engajar produtores. O projeto “Mais Inteligência Mais Cacau”, por exemplo, já assiste mais de 6.500 fazendas, com ganhos médios de 18% em produtividade e 44% em rentabilidade em propriedades-piloto.
Na cadeia láctea, o Nature por Ninho avaliou 900 fazendas em 2024, revelando que aquelas com práticas avançadas (como rotação de culturas e adubação orgânica) produziram 8% mais silagem com 18% menos emissões de carbono, além de 15% mais rentabilidade versus métodos convencionais.
Já o Nescafé Plan apoia mais de 2.200 produtores de café, onde 97% adotam uso eficiente de água e 100% aplicam ao menos uma técnica regenerativa, resultando em produtividade 60% acima da média nacional.
“Alcançar este marco antes do prazo é uma demonstração do nosso compromisso com a transição para sistemas alimentares regenerativos.”
Bárbara Sollero, head de agricultura regenerativa da Nestlé Brasil
Juventude rural fortalece futuro do cacau com regeneração
A edição mineira do programa Cacauicultores do Futuro, em maio de 2025, capacitou 40 jovens em Janaúba (MG) — região que emerge como nova fronteira agrícola. A imersão, parte da Iniciativa pelos Jovens da Nestlé, combinou teoria e visitas a propriedades modelo, focando em sucessão familiar, tecnologias sustentáveis e agricultura regenerativa.
Com seis edições em cinco estados, o projeto já impactou 240 futuros líderes rurais. Igor Mota, gerente de agricultura para cacau, enfatiza:
“Apoiar os jovens é essencial para garantir a continuidade da cadeia com responsabilidade socioambiental”.
Jonathan Rosa, 27 anos, de Poté (MG), destacou:
“A capacitação quebrou paradigmas e me orientou para decisões técnicas mais sábias”. Já Marina Nunes, 22 anos, estudante de agronomia em Jordânia (MG), reforçou o legado familiar: “Cresci vendo meu pai introduzir o cacau e criei paixão por essa cultura”.
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