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Investidores discutiram a evolução do capital de risco e as estratégias necessárias para prosperar em um mercado volátil.

A transformação do capital de risco na América Latina passou de um nicho inexistente para um setor consolidado. Este foi um dos temas centrais sobre o atual cenário e o futuro do investimento em tecnologias agrícolas (AgTech) na América Latina, no World Agri-Tech South America Summit.

Francisco Jardim, da SP Ventures, mencionou que, apesar do que muitos chamam de “inverno de financiamento”, as empresas de seu portfólio estão prestes a anunciar rodadas de financiamento superiores a 100 milhões de dólares. Ele vê um interesse crescente de investidores corporativos e generalistas, o que indica uma prosperidade contínua no setor de AgTech.

Com 20 anos de experiência no mercado, Flávio Zaclis, da Barn Investments, enfatizou a natureza cíclica dos investimentos de longo prazo. Ele acredita que os melhores retornos surgem em períodos de volatilidade e crises, como as de 2002 e 2008. Zaclis prevê que os próximos dois anos serão excepcionais para novos investimentos, especialmente em mercados estressados, onde a concorrência é menor e os preços são mais atrativos.

O alinhamento necessário das expectativas de investidores e dos tomadores de crédito

Bernardo Milesy, da GLOCAL, destacou a importância de alinhar as expectativas entre investidores e fundadores, reforçando a necessidade de resiliência e inovação. Bernardo acredita que o setor agrícola na América Latina, na interseção entre agronegócio, recursos naturais e mudanças climáticas, oferece enormes oportunidades. Ele enfatizou a importância de educar os investidores sobre os longos prazos de retorno e os altos e baixos inerentes ao setor.

Natalie Vegara Giron, da Mercy Corps, entende que existem muitos desafios enfrentados pelas startups, especialmente na América Latina e na África, onde a infraestrutura é limitada. Natalie observou que, apesar das dificuldades, é possível ter sucesso, mas isso exige grande determinação, resiliência e inovação. Ela enfatizou que tanto investidores quanto empreendedores devem estar preparados para compromissos de longo prazo, sem esperar retornos rápidos.

Existe a necessidade de adaptação a diferentes ciclos econômicos e a importância de um ecossistema de inovação colaborativo. Tomáz Peña, da The Yield Lab Latam, mencionou que a colaboração entre investidores e fundadores é crucial para superar as incertezas do mercado e promover inovações significativas no setor agrícola.

Francisco ressaltou que a experiência adquirida ao longo dos anos resultou em melhores práticas de investimento e na seleção de fundadores mais qualificados. Chico destacou que a escassez de capital, embora possa desacelerar o crescimento, também torna o ecossistema mais eficiente em termos de alocação de recursos.

Visão coletiva indica as oportunidades no mercado

Os participantes concordaram que a chave para o crescimento do setor AgTech na América Latina reside na colaboração contínua, no compartilhamento de melhores práticas e na atração de capital paciente adequado às necessidades das startups. Eles também enfatizaram a importância de ouvir as necessidades dos agricultores e adaptar as inovações para atender a essas demandas específicas.

O painel concluiu que, embora o caminho para o sucesso no AgTech seja desafiador, a combinação de experiência, resiliência e uma abordagem colaborativa pode transformar a América Latina em um líder global em inovação agrícola.

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