Cerca de 70% da produção anual do Guima Café já é composta por café especial. E em breve, será lançado no e-commerce uma edição exclusiva do café Paraíso, uma seleção especial de grãos da lavoura campeã como Melhor Café do Mundo. Esta edição promete proporcionar uma experiência única para os amantes do café, trazendo o sabor e a qualidade inigualáveis dos grãos que foram cuidadosamente selecionados e cultivados com os mais altos padrões.
Agricultura regenerativa e boas práticas
A adoção da agricultura regenerativa na cafeicultura elevou as fazendas São Lourenço e Brasis, da São Mateus Agropecuária, situadas na divisa dos municípios de Varjão de Minas e Patos de Minas, no Cerrado Mineiro, a um patamar de destaque global. Em novembro do ano passado, em Nova York, o Guima Café, cultivado nessas propriedades, foi o primeiro café brasileiro a receber o prêmio Best of the Best na 8ª edição do Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy.
Ricardo Vítor de Oliveira, técnico agrícola do Guima Café, explica que a transformação nos métodos de produção das fazendas começou entre o final de 2007 e o início de 2008. Naquela época, a fazenda São Mateus ainda se dedicava à cafeicultura convencional, com foco no cultivo de Coffea Arábica. “Os investimentos em qualidade e sustentabilidade começaram há cerca de 16 anos, quando os 680 hectares de plantações eram voltados para a cafeicultura tradicional e comercializados como commodities”, recorda.
Antes de enveredar pela técnica do plantio regenerativo, a totalidade das 35 mil sacas anuais do grão, produzido pela São Mateus Agropecuária, eram voltadas para o mercado de commodities. Hoje, cerca de 70% da produção anual do Guima Café já é composta por café especial. Esse salto só foi possível com a adoção de práticas de agricultura regenerativa e a obtenção de diversas certificações que garantem a qualidade dos processos produtivos e a sustentabilidade do Guima Café.
O Guima Café é certificado pela RainForest Alliance e BSCA desde 2008 e possui outros selos importantes como o AAA da Nespresso e o Café Practices. Recentemente, a propriedade onde é produzido o grão tornou-se a 4ª fazenda de café do mundo a receber a certificação britânica Regeneri® de cafeicultura regenerativa, reforçando o compromisso da São Mateus Agropecuária com a sustentabilidade ambiental.
Desde 2016, a orientação da Emater também tem sido essencial para a implementação de práticas sustentáveis na lavoura, o que culminou na obtenção do selo Certifica Minas Café, desenvolvido pelo governo de Minas Gerais. Este selo promove a rastreabilidade do café e melhora a qualidade dos grãos, ampliando o acesso a novos mercados.
“Estamos renovando nossas lavouras com variedades mais adequadas ao solo e ao clima da região, além de investir em medidas para cuidar desse solo e reduzir sua temperatura, como o uso de plantas de cobertura e o plantio, em meio à lavoura, e o plantio de árvores com grandes copas – como abacateiro, cedro australiano, ingá de metro, fedegoso gigante – e arbustos como erva baleeira e fedegosinho”, explica o técnico. Ele explica que as árvores, junto com os arbustos, formam corredores ecológicos que interligam as lavouras com as matas nativas da propriedade e, além disso, atraem insetos polinizadores e inimigos naturais das principais pragas do café.
Os cuidados incluem, ainda, práticas de manejo focadas na qualidade e sustentabilidade, com um sistema de irrigação por gotejamento, trato artesanal em micro lotes especiais no pós-colheita e pesquisa por materiais genéticos mais resistentes. Esses pilares foram fundamentais para que o café produzido pela empresa recebesse a certificação de origem Cerrado Mineiro. Hoje toda a produção é proveniente das práticas de agricultura regenerativa.
Eles estão, ainda, dedicados à otimização do uso de insumos, à redução de produtos nitrogenados e ao aprimoramento da qualidade do solo e do bioma. Quase metade da área total da propriedade é composta por matas nativas preservadas, evidenciando o compromisso da empresa com a preservação ambiental. “Buscamos uma gestão inteligente dos recursos hídricos, construindo bolsões para armazenamento e distribuição de água”, acrescenta. Além disso, o Guima Café investe na rastreabilidade completa de seus cafés.
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