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Novo mecanismo de desenvolvimento estabelecido pelo Brasil durante a Reunião Ministerial do G20 será sediado na FAO em Roma.

QU Dongyu, Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), elogiou hoje (24/07/2024) o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, por colocar a segurança alimentar no centro da agenda do G20 e mobilizar apoio global contra a fome com a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Qu participou da reunião ministerial do G20 em que a iniciativa foi oficialmente anunciada.

“A Aliança permitirá a implementação em larga escala de políticas baseadas em evidências para erradicar a fome e a pobreza,” disse o Diretor-Geral, acrescentando que a FAO está comprometida com seu apoio e hospedagem em Roma.

“Será fundamental trazer conhecimento e histórias de sucesso para as partes do mundo que mais precisam,” ele acrescentou.

Colocando o mundo de volta nos trilhos

A Aliança visa aproveitar o impulso político e a ação coletiva, mobilizar recursos e alinhar o apoio doméstico e internacional a programas e políticas para combater a fome e a pobreza.

A participação na Aliança está aberta a todos os países, e o plano é que o mecanismo, sediado na FAO, sirva como base logística e de coordenação para uma abordagem inovadora e descentralizada do desenvolvimento, buscando reduzir custos de transação, mitigar riscos e maximizar retornos sobre investimentos de doadores.

A Aliança focará no apoio a políticas públicas nacionais, como refeições escolares, transferências de renda ou esquemas de armazenamento de água, diferenciando-se de muitos modelos atuais de assistência ao desenvolvimento. Os acordos políticos alcançados hoje abrem caminho para o lançamento da aliança em novembro.

Aprendendo com a América do Sul

Iniciativas inovadoras como a Aliança Global ou a Iniciativa Hand-in-Hand da FAO são necessárias, visto que os níveis globais de fome e segurança alimentar mantiveram-se elevados nos últimos três anos, conforme destacado pelo relatório anual da FAO sobre Insegurança Alimentar e Nutrição 2024 (SOFI), divulgado hoje. Mais de 730 milhões de pessoas enfrentaram fome em 2023, e mais de 2,3 bilhões estavam moderada ou severamente inseguras em termos alimentares.

Embora as tendências globais indiquem a necessidade de mudanças imediatas e transformadoras, há progresso encorajador em algumas áreas, especialmente na América do Sul e em sub-regiões do Sul da Ásia, ambas reduzindo o número de pessoas enfrentando fome.

A América do Sul está no caminho para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 – Fome Zero – até 2030, afirmou o Diretor-Geral da FAO. “Precisamos construir sobre o progresso alcançado nesta região e compartilhar essa experiência com outras regiões, especialmente a África,” disse Qu.

Alcançar a segurança alimentar sustentável a nível global exigirá a transformação dos sistemas agroalimentares de várias maneiras, observou ele. Dada a escala do esforço, é urgente que a atenção priorize as populações mais vulneráveis e que doadores e parceiros internacionais sejam mais tolerantes a riscos, acrescentou Qu.

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