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Avanços tecnológicos darão suporte para enfrentar problemas de logística, perdas de alimentos e aumento de preços de insumos

Segurança alimentar, desafios do agro, infraestrutura e investimentos foram temas centrais de diversos painéis no World AgriTech Summit San Francisco, um dos maiores e mais representativos eventos do agronegócio no mundo. Empresários de todo o mundo dedicaram boa parte da agenda para explorar as evoluções da tecnologia para ajudar a resolver os gargalos na produção de alimentos no mundo, suporte às operações de produção de alimentos e financiamentos. Muito do que foi discutido no evento será retomado futuramente no World Agri-Tech South America Summit, em São Paulo, nos dias 20 e 21 de junho.

Os desafios do agro

As instabilidades do sistema financeiro internacional, com as quebras de instituições financeiras, e a guerra na Ucrânia estão impactando o cenário e estratégias globais das empresas que atuam na cadeia de produção de alimentos. O bom momento do evento em San Francisco ajudou nas discussões e revisões de iniciativas, dando novas opções para os planejamentos das empresas.

Anuj Maheshwari, Managing Director e Head of Agri-Food da Temasek destacou no evento a importância da transição consciente da produção de alimentos em todo o mundo, considerando as emissões de carbono. “O que fazer, quando, como mensurar? Estamos investindo em startups, investidores de variados perfis. A transição do modelo energético deve ocorrer. Deve haver uma coordenação entre todos os perfis de investidores,” ressaltou o executivo.

As inovações devem prever a descarbonização em todo o mundo, mas é preciso considerar e avaliar com mais profundidade todas as culturas que consomem muitos recursos ambientais. As fazendas verticais, por exemplo, atualmente são ineficientes na questão de consumo de energia elétrica. Recentemente, foram noticiadas algumas fazendas verticais que encerraram suas atividades por não conseguirem viabilizar suas operações.

Chavonda Jacobs-Young, Chief Scientist da USDA, destacou no evento que é preciso focar na transformação do ecossistema de alimentação. “Não adianta focar apenas em energia. É preciso recuperar solos, o que deve ser uma prioridade. Fazendeiros devem ter condições de melhorar a produtividade considerando os impactos em todo o ecossistema de alimentação”. A executiva vê que existe sucesso em melhorar produtividade, o incremento nos investimentos têm sido melhores ao longo do tempo.

Segundo Chavonda, as decisões hoje são baseadas em dados e em resultados, sendo usados para melhorar a qualidade dos investimentos. Agricultura é high tech. Cientistas sociais e profissionais de área econômica devem também se engajar com os profissionais do agro.

“Existem muitos dados de boa qualidade que podem ajudar na análise de risco, coletados ao longo de 10 a 15 anos. No entanto, nunca poderão controlar fatores climáticos extremos”, afirma Ramsey Masri, CEO da Ceres Imaging. “As plataformas hoje são muito acessíveis, você não precisa ser PhD para poder entender as informações”, complementa o executivo.

Imagem World Agri-Tech Summit South America

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