painel world agri-tech summit
Reading Time: 3 minutes

O mundo hoje vive com as pressões sobre a produção de alimentos por conta das mudanças climáticas e a maior conscientização pública de que será necessário acelerar as iniciativas que promovam o reequilíbrio. Medidas necessárias para melhorar as perspectivas de garantir a oferta futura de alimentos no mundo, com qualidade e na quantidade necessária.

Este foi o foco do painel “Um Plano de Impacto: Incorporando Sustentabilidade na Estratégia de P&D”, no World Agri-Tech Summit, promovido pela Rethink Events. O painel contou com a participação de Renée Vassilos, diretora de inovação na agricultura na The Nature Conservancy, Sam Eathington, CTO da Corteva e Scott Komar, Senior VP Global de R&D da Driscoll’s.

Renée Vassilos
Renée Vassilos, da The Nature Conservancy

Segundo Renée, o volume de investimentos realizado nas inovações foi alto até 2022, e caíram drasticamente em 2023. Em 2022, Yara, Corteva, Bunge e John Deere investiram US$ 4 bilhões. AgFunder informou em seu último relatório que o total de investimentos em venture somam US$ 10 bilhões.

A soma das questões inflacionárias mundiais às mudanças climáticas e seus impactos na produtividade, tornam as perspectivas de novos investimentos pouco animadoras para garantir a segurança e a rentabilidade dos investidores.

Novas tecnologias devem impulsionar a transformação do processo de produção no agronegócio. Os produtores devem ter acesso fácil e saber usá-las para que ocorra a crescente escala de adoção e a conversão em melhor produtividade.

Qual foi o destino de todo esse investimento?

Sam explicou que o foco da Corteva foi a definição dos novos critérios para entender as necessidades. A empresa buscou criar produtos olhando todo o ecossistema, incluindo proteção de safras e do solo, de forma eficaz, e soluções biológicas.

Sam Eathington
Sam Eathington, da Corteva Agriscience

O problema do clima tem relevante impacto, em todo mundo, e afeta demais a fruticultura. Este é o entendimento de Scott, da Driscoll’s, empresa tem relevante atuação na produção de frutas no mundo. “Estimamos que 75 mil toneladas métricas de frutas foram perdidas no mundo com a variação climática, cerca de 8% da safra foi perdida”, estima Scott. Hoje buscam produzir novas variedades que sejam mais resistentes ao clima. “Tentamos entender melhor as mudanças e como podemos usar as inovações na produção de frutas”, ressalta o executivo.

Onde investimentos são mais relevantes?

Sam informa que a Corteva mantém o programa Catalyst. São quatro áreas hoje onde têm mais foco: engenharia genética; insumos biológicos, que devem atuar de forma complementar com os insumos químicos por algum tempo; biocombustíveis, também atuando de forma complementar e integrada; e, novas tecnologias em geral, com inovações para criar produtos.

A empresa trabalha as informação e dados para dar suporte a todo o sistema. Atuam com investimentos em equity e colaborações e parcerias com empresas para o desenvolvimento de novos produtos. Existe uma equipe de gestão interna para os projetos.

Scott Komar, da Driscoll's
Scott Komar, da Driscoll’s

Já na Driscoll’s, a empresa mantém 20 programas de melhoramento genético. Avança em técnicas para melhorar a escala de produção, a resiliência, o sabor e durabilidade das frutas junto aos produtores de frutas. Busca a melhor eficiência no uso da água, como prioridade máxima. “As mudanças climáticas são a grande ameaça, todas inovações que ajudarem a reduzir perdas e obter mais produtividade, com mais polinização, devem ser priorizadas”, afirma Scott.

As empresas têm que manter o ritmo na adoção de novas tecnologias, criando valor. “Criamos valor a partir da experiência no campo e adoção de biotecnologia”, comenta Sam. As inovações aceleram a chegada de novas soluções ao mercado. As questões regulatórias têm ritmo próprio, que deve ser considerado nos projetos para implementação, uma vez que podem retardar as aprovações e implementações. A adoção de biotecnologia evoluiu muito rápido nos EUA e o regulatório precisa prever isso essa nova dinâmica.

“Hoje podemos simular em laboratório toda a produção de alimentos. Conseguimos produzir em fazendas verticais, produzir diversas safras por ano”, conclui Scott, fazendo referência à nova dinâmica necessária para as questões regulatórias de alimentos e as necessidades do mercado.

0 Comentários

Envie uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*

FOOD FORUM NEWS

Direitos de Copyright Reservados 2024

Entre em contato conosco!

We're not around right now. But you can send us an email and we'll get back to you, asap.

Enviando

Fazer login com suas credenciais

Esqueceu sua senha?