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Produtividade cresce 18% nas propriedades participantes da iniciativa, composta principalmente por pequenos e médios produtores de cacau

A Nestlé Brasil – maior compradora de cacau do país – tem o compromisso de atingir 100% de cacau sustentável em 2025, por meio do Nestlé Cocoa Plan (NCP), maior programa de sustentabilidade da cacauicultura brasileira, com mais de 6.000 produtores parceiros. Prestes a atingir a meta, a companhia vem se preparando para o novo desafio: comprar volumes crescentes de matéria-prima sustentável. A principal aposta da empresa é o projeto ‘Mais Inteligência, Mais Cacau’, criado em parceria com a consultoria Labor Rural, com o objetivo de aumentar em 20% a produtividade e em 30% a rentabilidade dos produtores parceiros, no prazo de três anos.

Os resultados parciais do grupo piloto, formado por 24 fazendas localizadas no estado do Pará, superaram as expectativas. No primeiro ano agrícola completo do ‘Mais Inteligência, Mais Cacau’ (setembro de 2023 a agosto de 2024), o grupo registrou aumento de 18% de produtividade, alcançando 808 quilos de amêndoas por hectare, na comparação com os 12 meses anteriores ao projeto.

O indicador de rentabilidade foi ainda mais positivo: aumentou 44%, já calculado a preços de 2023, para eliminar a distorção da alta da commodity em 2024 – a rentabilidade considera o retorno sobre o capital investido para a formação ou manutenção da fazenda, incluindo o custo da terra. Sem eliminar o fator preço, ou seja, levando em conta os valores reais praticados em 2023 e 2024, a rentabilidade do grupo quintuplicou, atingindo 400%, na comparação com o período imediatamente anterior.

Resultados acima das expectativas na produção do cacau

Os resultados obtidos até agora pelo grupo piloto superam a meta inicial de aumento de rentabilidade, e quase batem a de aumento de produtividade, na metade do prazo planejado. A expectativa é que os indicadores melhorem ainda mais até dezembro de 2025, quando o projeto chegará ao final. 

“Este é mais um indício de que a cacauicultura tem um enorme potencial de crescimento, um dos maiores do agronegócio brasileiro, por se tratar de uma cadeia formada principalmente por pequenas e médias propriedades, com pouca capacidade de investimento e de gestão”, afirma Igor Mota, gerente de Agricultura de Cacau da Nestlé Brasil.

O projeto, que começou a ser gestado em 2022, já foi ampliado com mais 76 fazendas em outras regiões do país. Ao longo de três anos, os produtores participantes do ‘Mais Inteligência, Mais Cacau’ recebem consultoria técnica e gerencial, por meio de visitas mensais realizadas por engenheiros agrônomos com alto nível de conhecimento em cacauicultura.

Como a empresa promove o engajamento com os produtores

O técnico leva as melhores práticas de manejo – do plantio até a colheita -, passando por poda, adubação, produção de mudas de alto valor genético, chegando até o beneficiamento da amêndoa. O consultor também trabalha o gerenciamento da propriedade, buscando redução de custo e aumento da lucratividade.

Os produtores registram em caderno de campo todas as atividades realizadas na produção, vendas e todos os gastos realizados, seja uma caixa de prego, um saco de fertilizante ou o salário de pessoas contratadas. O consultor recolhe todas as informações, lança em um sistema de gestão, e, com as informações geradas, faz reuniões mensais sobre os resultados e o planejamento futuro.

“Essa é uma das etapas mais importantes do projeto, porque, muitas vezes, desperta o lado gestor dos produtores. Eles passam a ter visibilidade do custo real de produção. Com o custo de produção detalhado, enxerga as atividades em que têm mais eficiência e as que precisam melhorar”, diz Mota. Segundo ele, todas as propriedades evoluíram nos indicadores técnicos e gerenciais, quando comparados com o período anterior ao projeto. Algumas delas não tinham controle algum.

O ‘Mais inteligência, Mais Cacau’ deve continuar impactando positivamente as propriedades, mesmo após o término do projeto. A mudança na formação de novas áreas de plantio é exemplo disso. No início do projeto, 87% das áreas em produção – das 24 fazendas – utilizavam mudas híbridas, que são menos produtivas que as mudas clonais. Hoje, a relação se inverteu: 83% das novas áreas de cultivo já utilizam mudas clonais, enquanto apenas 17% utilizam mudas híbridas.

“Essa mudança de perfil das propriedades é resultado da orientação técnica do projeto já absorvida pelos produtores. Isso comprova que conhecimento é a principal alavanca para desenvolver a cacauicultura, e destravar um enorme potencial de ganho de produtividade e rentabilidade”, diz Mota.


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