biocombustível de coco
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A opção de uso de biocombustível de coco impulsiona a transição energética e reduz resíduos urbanos

A busca por soluções sustentáveis para reduzir a pegada de carbono ganha força com o biocombustível de coco impulsionando a transição energética no Brasil. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), em Aracaju (SE), transformam 190 toneladas semanais de resíduos de coco verde em energia renovável, combatendo o acúmulo de lixo orgânico e fortalecendo a economia circular.

Como o biocombustível de coco impulsiona a transição energética no Brasil

O coco verde é amplamente consumido em regiões tropicais, e seu resíduo, especialmente a fibra, representa um grande desafio ambiental em razão do seu alto volume e baixa taxa de decomposição. Em Aracaju, um estudo realizado pela Diretoria de Operações da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) apontou que a cidade gera toneladas de resíduos de coco verde por semana. E foram identificados 87 pontos de venda, sendo 30 deles considerados grandes geradores, que descartam até 200 kg diários ou 400 kg em dias alternados.  

Esse montante de resíduos sobrecarrega a coleta domiciliar e gera um custo anual de aproximadamente R$ 900 mil para a limpeza pública. Além disso, quando não destinados ao aterro sanitário, muitos desses resíduos acabam descartados de forma inadequada, agravando o passivo ambiental da cidade. A conversão desse resíduo em biocombustível não apenas reduz o impacto ambiental, mas também oferece uma alternativa energética renovável e sustentável. 

Cláudio Dariva, coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (NUESC) do ITP, explica que o projeto alia inovação e sustentabilidade:

“O Núcleo tem impacto muito positivo para o equilíbrio ambiental. Em Aracaju, por exemplo, ele contribui para dar nova utilização às 190 toneladas de resíduos de coco verde descartadas por semana na cidade. Transformamos em energia um material que representa um grande desafio para o meio ambiente, em função do alto volume e baixa taxa de decomposição”.

A capital sergipana enfrenta um desafio ambiental crítico: 87 pontos de venda geram até 400 kg de resíduos de coco verde em dias alternados, sobrecarregando aterros e poluindo áreas urbanas. A solução desenvolvida pelo núcleo, vinculado à Universidade Tiradentes e apoiado por Petrobras e ANP, utiliza processos como pirólise e gaseificação para converter fibras em bio-óleo e biocarvão.

A tecnologia emprega fluidos pressurizados para reduzir solventes químicos e integrar etapas como extração de óleo e produção de biodiesel.

Com potencial para replicação em outras regiões tropicais, a iniciativa posiciona o Brasil na vanguarda da bioenergia. Enquanto a soja e o milho dominam o mercado de biocombustíveis, o coco verde surge como alternativa viável para cidades litorâneas, onde o consumo é intenso e os resíduos, subaproveitados.


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